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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A Flor da Quaresma



Cristo - Quaresma.jpgCausa alegria a abundância de formas e cores que encontramos na Mata Atlântica, na descida ao mar. Sobretudo quando a floresta se reveste de festa e se apresenta adornada de lilás. Domina a Quaresmeira, uma espécie típica da região, que também é conhecida como: flor-de-maio, manacá-da-serra, jacatirão-de-capote, pau-de-flor e flor-da-quaresma.

Essa árvore leva o nome de quaresmeira, pois floresce, próxima, ao Tempo Litúrgico em que a Santa Igreja dá início aos quarenta dias, que antecedem a Semana Santa denominado de Quaresma. Todo o panorama fica tingido por infinidades de flores brancas e roxas. Nascem com a cor da pureza e terminam com a da penitência.

A natureza, como que, celebra esse tempo forte do Ano Litúrgico, onde os paramentos são de cor roxa e os fiéis são convidados a reflexão, oração, ao jejum e abstinência. Da-se início na Quarta-feira de Cinzas e se estende até o Domingo de Ramos.

Esses quarenta dias são para lembrar: os quarenta dias do Dilúvio, a peregrinação do povo judeu pelo deserto durante os 40 anos, os profetas Elias e Moisés que se retiraram ao monte por 40 dias. A oração de Nosso Divino Salvador durante 40 dias, antes de sua vida pública, entre outras passagens das Sagradas Escrituras.

A imposição das cinzas é feita durante a celebração litúrgica, onde cada fiel é marcado na fronte com uma cruz com as cinzas dos ramos, guardados para essa ocasião, do Domingo de Ramos. Ouviremos, durante a Missa, ao profeta Joel dizendo: “Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai os vossos corações e não as vestes, e voltai para o Senhor o vosso Deus...” (Joel,2,12-18).

O Sacerdote ao traçar a cruz em nossas testas dirá: “Lembra te homem, que do pó vens, e para o pó voltarás”. A imposição, nos lembra como é efêmera nossa vida sobre a terra e  passa rápido, como a flor do campo que de manhã desabrocha e à tarde já não existe mais. Fala-nos de batalha e luta, como as teve Nosso Senhor no deserto ao enfrentar o demônio.

Assim nos ensina o Papa Bento XVI:  “Quaresma recorda-nos que a existência cristã é um combate incessante, no qual devem ser utilizadas as "armas" da oração, do jejum e da penitência. Lutar contra o mal, contra qualquer forma de egoísmo e de ódio, e morrer para si mesmos para viver em Deus é o itinerário ascético que cada discípulo de Jesus está chamado a percorrer com humildade e paciência, com generosidade e perseverança" (Papa Bento XVI,homilia, Basílica de Santa Sabina, 1º de Março de 2006).

Tempo de revermos nossos caminhos, tempo de oferecermos sacrifícios por nossos pecados e pelos alheios. Tempo augusto que nos preparará para irmos ao encontro de Nosso doce Redentor na Cruz do Calvário, onde morreu por nossa Redenção.

Tempo de estarmos unidos a Maria, Mãe das Dores, e com Ela percorremos a Via Dolorosa, na certeza que depois das lutas, sofrimentos e dores dessa vida encontraremos Jesus Ressuscitado!
Pe. Hamilton José Naville

sábado, 7 de janeiro de 2012

O silêncio


Venho compartilhar com vocês uma experiência que alguns possam, já, ter vivido: o silêncio.

Sim! O silêncio que não se trata propriamente da ausência de ruídos. Também o é, mas especialmente refiro-me a ação da graça em nossas almas.

Claro que existe um silêncio que nos ajuda a meditar, a contemplar e necessário é, para isso, isolarmo-nos dos sons estridentes das cidades grandes: motores, aglomerações, músicas que desrespeitam toda regra da harmonia, a própria velocidade da vida moderna...
***
Recentemente voltando de Santiago do Chile, onde fomos participar de um congresso católico sobre comunicação digital, nosso avião sobrevoou as famosas Cordilheiras dos Andes. Estava eu num lugar privilegiado, junto a uma janela, e diante dos meus olhos passava um panorama de sonhos.

Eram montanhas, caprichosamente, adornadas com neve. Faziam-me lembrar bolos confeitados com puro chantili. Reportavam-me à grandeza de um Deus criador de todas as belezas. E sentia desde nossa cabine o silêncio e o mistério daqueles cumes que em muitos, certamente, o homem não pisou.

Trouxe-me também outra impressão, recente, irmã desse esplendor que se descortinava sobre os meus olhos. Refiro-me à visita que fiz ao convento onde viveu  Santa Teresa dos Andes. Um prédio pobre, mas mergulhado na riqueza das bênçãos Divina.

Visitamos a gruta em que Santa Teresa teve a revelação de sua morte! A palmeira onde se apoiava quando rezava a Nossa Senhora de Lourdes. Os corredores por onde andou, a capela onde rezou. Em uma palavra, sentimos Deus muito perto de nós. Convivemos com os anjos que lá habitam.

Silêncio e paz reinavam, ali. Alegria de almas que viveram na virtude, recolhidas, orantes e tendo como fundo as montanhas nevadas. Habitação de santos!

Estando, nesse antigo monastério carmelita, pensei em todos os participantes de nossa querida Associação Nossa Senhora das Graças e resolvi escrever esse artigo, para transmitir um pouco desse ambiente sobrenatural.

Em uma de suas catequeses, o Papa Bento XVI tratando sobre o tema disse:

 “O silêncio é a condição ambiental que melhor favorece o recolhimento, a escuta de Deus, a meditação. Já o fato de apreciar o silêncio, para deixar-se, por assim dizer, "encher-se" pelo silêncio, predispõe-nos à oração.”

Sigamos esse conselho vindo da Cátedra de Pedro! Procuremos em nossas vidas esses momentos de reflexão, de oração e aí encontraremos, também, Maria Santíssima.

Lembremo-nos de Santa Catarina Labouré, que encontrou Nossa Senhora dentro do recolhimento e oração. Façamos, então, o mesmo!
Um grande abraço a todos.

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Pe. Hamilton José Naville

domingo, 3 de julho de 2011

Aqueles que portarem no pesçoco a medalha receberão muitas graças.

Essa promessa foi feita pela Santa Mãe de Deus a Santa Catarina Labouré. É um sinal de proteção trazer conosco a Medalha Milagrosa especialmente, como pediu nossa Mãe Santíssima.