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sexta-feira, 16 de março de 2012

Quanto necessitamos de ajuda, proteção, em nossas angústias e aflições. A solução está aqui!


Seguro protetor em nossas aflições

Sao Jose.jpgJunto ao azul do Adriático, encontramos num povoado pertencente à comuna de Ancona, na região da Marche, um edifício imponente que se lança ao céu e acolhe, com maternal bondade, a milhares de peregrinos que ali vão para venerar uma relíquia: A Casa Santa de Loreto. Ela está incrustada dentro do Santuário, adornada de mármores. Pequena, mas com um significado que toca o infinito. Em suas paredes pode-se divisar: Hic Verbum caro factum est!Aqui o Verbo se fez carne!

Ali viveram Jesus, Maria e José!

Imaginemos uma tarde de outono, nessa humilde habitação em Nazareth, onde o sol diáfano se mistura com as cores e os perfumes das árvores frutíferas. Sentado à beira da porta está o Menino Deus a espera de seu pai: José. Ele espreita a estrada, contempla o céu e de repente vê ao longe São José que se aproxima. Sai correndo ao seu encontro e o abraça. Caminham juntos de mãos dadas conversando sobre os acontecimentos diários. O dois, pai e Filho, divisam na janela, dessa humilde habitação, Maria que sorri e os espera, para o jantar...

Ele, José, o pai adotivo do Verbo Encarnado, esposo da Virgem Maria. Difícil é comensurar a grandeza dessa alma que foi escolhida por Deus para desempenhar esse papel. Hernest Hello (Physionomies de Saints, Paris, 1875)considera que São José é a sombra do Pai! A pessoa onde se projeta a sombra do Pai densa e profunda. É o homem do silêncio, aquele que mal é tocado pela palavra. Sempre sóbrio em palavras, envolto num santo silêncio. Silêncio de louvor!

No Evangelho temos apenas essa referência: Era um homem justo. Essa justiça é santidade, união com a vontade de Deus, fidelidade ao cumprimento da missão que lhe fora outorgada e sobretudo o amor na realização dos desígnios divinos. Quanta dor e quanto amor vendo a um Deus-Menino nascer na pobreza. Presenciar as primeira gotas do Preciosíssimo Sangue de Jesus a correr por ocasião da circuncisão. Ouvir a profecia do velho Simeão ao predizer os sofrimentos de Jesus e Maria. A fuga ao Egito, a perda e o encontro de seu Filho querido no Templo. Uma vida de amor e holocausto vivida dentro da contemplação.

Patrono da Santa Igreja, patrono da família, patrono dos trabalhadores, patrono da boa morte. Poderoso intercessor junto a Deus em favor de nossas necessidades. Ouçamos o o conselho que nos dá a grande Tereza de Ávila, sobre a intercessão de São José:

Tomei por advogado e senhor ao glorioso São José e encomendei-me muito a ele. Vi claro que, tanto desta necessidade como de outras maiores, de perder a honra e perder a alma, este pai e senhor meu me livrou melhor do que eu lhe saberia pedir. Não me recordo, até agora, de lhe haver suplicado nada que não tenha deixado de fazer.

Padre Hamilton Naville.jpgContinua a santa carmelita: É coisa que espanta (que maravilha) as grandes mercês que me tem feito Deus por meio deste bem-aventurado santo, dos perigos que me tem livrado, tanto de corpo quanto de alma. A outros santos parece que o Senhor lhes deu graça para socorrer em uma necessidade; a este glorioso santo tenho experiência que socorre em todas e que quer o Senhor dar-nos a entender que assim como esteve submetido a ele na terra, que como tinha nome de pai - sendo custódio - podia mandar Nele, também no céu faz quanto lhe pedem. E isto o tem comprovado algumas pessoas, a quem eu dizia que se encomendassem a ele, também por experiência; e ainda há muitas que começaram a ter-lhe devoção havendo experimentado.

Insiste a Doutora da Igreja e com humildade aconselha: Se fosse uma pessoa que tivesse autoridade no escrever, de bom grado me estenderia em dizer muito a miúdo as mercês que este glorioso santo tem feito a mim e a outras pessoas. Só peço, pelo amor de Deus, que o prove quem não me crê e verá por experiência o grande bem que é o encomendar-se a este glorioso Patriarca e ter-lhe devoção. Pessoas de oração, em especial, sempre deveriam ser a ele afeiçoadas. Não sei como se pode pensar na Rainha dos Anjos, no tempo que passou com o Menino Jesus, e não se dar graças a São José pelo bem com o qual lhes ajudou. Quem não encontrar mestre que lhe ensine oração, tome este glorioso santo por mestre e não errará no caminho (Santa Teresa de Jesus, Vida 6,6,8).

Tratemos de provar esse amor tão poderoso que vem de um coração que tanto fez por Jesus e Maria!
Pe. Hamilton José Naville

sábado, 7 de março de 2009

Uma chuva de rosas



E m sua curta existência, Santa Teresinha do
Menino Jesus atingiu elevado grau de santidade.
Ao oferecer suas orações e sacrifícios
pela conversão dos pecadores e dos
pagãos, foi missionária sem sair do convento e tornou-se
Padroeira das Missões. Abriu uma nova via espiritual e
foi proclamada Doutora da Igreja.
Gostaríamos de destacar no artigo de hoje um aspecto
de sua alma: a afeição que ela tinha pelas fl ores e
em especial, pelas rosas.
Quando a procissão do Santíssimo
Sacramento passava diante dela, a
pequena Teresa tinha uma alegria especial
em atirar pétalas de rosas em
direção ao ostensório, como sinal
de seu amor a Jesus Sacramentado.
Em seu livro de memórias
“História de uma alma”, a santa
escreveu:
“Gostava principalmente
das procissões do Santíssimo
Sacramento. Que alegria espargir
fl ores aos pés do Bom Deus!
... Antes, porém, de deixá-las cair,
atirava-as o mais alto que podia, e
nunca me dava por tão feliz como na
ocasião em que via minhas rosas desfolhadas
tocarem no sagrado Ostensório...”
Em outra ocasião a santa escreveu uma
carta a sua prima Maria Guérin, quando tinha apenas
14 anos, onde podemos ler: “Amo tanto uma bela rosa
branca quanto uma rosa vermelha”.
Mais tarde, já no Carmelo de Lisieux, Teresa gostava
de enfeitar o seu crucifi xo com as pétalas de rosas que
ela cuidadosamente retirava das fl ores. As rosas da santa
eram todas oferecidas para seu amado, Jesus Cristo.
Santa Teresinha inaugurou uma forma de atingir
a santidade que ela chamou de “pequena via”. Na
“História de uma alma”, a santa usa a metáfora das
fl ores para mais facilmente explicar a sua “pequena via”
para alcançar a santidade:
“Jesus quis instruir-me a respeito deste mistério.
Pôs diante dos meus olhos o livro da natureza e compreendi
que todas as fl ores por ele criadas são belas, e
que o esplendor da rosa e a brancura do lírio não tiram
o perfume da humilde violeta nem a simplicidade encantadora
da margarida... Compreendi que, se todas as
fl ores quisessem ser rosas, a natureza perderia
sua pompa primaveril e os campos já não
seriam salpicados de fl orzinhas...”
“O mesmo ocorre no mundo
das almas, o jardim de Jesus. Ele
quis criar grandes santos, que podem
ser comparados aos lírios
e às rosas; mas criou também
outros menores, e estes devem
se conformar em ser margaridas
ou violetas destinadas
a alegrar os olhos de Deus
quando contempla seus pés. A
perfeição consiste em fazer sua
vontade, em ser aquilo que Ele
quer que sejamos...”
Santa Teresinha amou tanto
as rosas durante a sua vida e as identifi
cava como um sinal de amor a Jesus
que, ao se aproximar da morte, prometeu que
“passaria o seu céu fazendo bem à terra” e que, “depois
de minha morte mandarei uma chuva de rosas para
a terra”.
Por essa razão, a Novena das Rosas é a oração a
Santa Teresinha mais conhecida em todo o mundo, tendo
sido traduzida para todas as línguas. O fi el pede uma
rosa, como sinal de que sua súplica foi atendida. A santa
poderá ou não presenteá-lo com a fl or, de acordo com o
que for melhor para o bem espiritual de cada um.